Direitos Humanos é uma acordo entre todos nós da família humana de respeitarmos e protegermos uns aos outros. Cabe, por princípio, que os poderes estatais os defendam e difundam, pelo menos aqueles que aasinaram o acordo internacional sobre o tema, e porque desejam se elevar a um patamar civilizatório que promova a paz e o avanço social.
O Brasil ainda se encontra na adolescência do que seria a prática do Direitos Humanos. Aqui a desiguladade social é ao mesmo tempo causa e consequência do desrespeito sistemático à dignidade promovida pelos Direitos Humanos.
A mídia geral, atrelada pelo senso comum, promove uma catástrofe ao atacar "os Direitos Humanos", tendo como alvo sobretudo os defensores institucionais dos mesmos, dando a falsa ilusão de que se nos tornarmos sádicos assassinos iremos "limpar" a sociedade do "mal", e talvez reduzir a violência.
Pecam sistematicamente em olhar a sociedade de forma crítica, avaliando ações e resultados. Há 500 anos que violamos os Direitos Humanos mais básicos dos cidadãos, há 500 anos temos práticas de tortura em quartéis/delegacias/presídos/asilos de idosos, são 500 anos de assassinato e opressão com os mais vulneráveis que prosseguem alimentando um ciclo vicioso de ódio, medo e intolerância. Ajudou?
Dizem que sabemos o grau de civilidade de uma sociedade pela forma como ela trata seus mais vulneráveis. E estes são: as mulheres, as crianças, os idosos, os pobres, os deficientes físicos e mentais, os LGBTT, os loucos, os discriminados por serem minorias sociais e sobretudo, seus prisioneiros e delinquentes. É aí que atuam os Defensores de Direitos Humanos. Porque é no extremo que se marca o início da escala de direitos. Garanta que um simples bandido seja tratado como gente que é, e teremos toda uma sociedade onde a indignidade e abuso não será mais tolerado.
As causas sociais da violência deveriam ser mais debatidas nas escolas, na mídia de tudo distorce, nas praças e nas artes. As maiores causas de violência são as violações de direitos que ocorrem diariamente em nosso país.
Sediado no Rio de Janeiro, o DDH conta com uma equipe de advogados ativistas que cuidam de proteger os cidadãos contra a violação de seus direitos e abusos por parte de agentes de Estado. Cursos de educação em Direitos Humanos também fazem parte de seu rol de atividades.
Existe um programa internacional de educação em Direitos Humanos que está transformando o mundo, o vídeo "Um Caminho para a Dignidade" o apresenta a nós.
No primeiro bloco, vemos como a educação de crianças de sexta a oitava séries, do grupo mais oprimido das castas indianas, os Dalits (Intocáveis), está criando uma sociedade de respeito e cooperação.

A seguir, mostra como a educação e engajamento da polícia australiana nos Direitos Humanos aumentou em muito a eficiência da mesma. A polícia de lá, era como a daqui: via o povo com olhos discriminatórios, racistas, como um inimigo a oprimir. Isso afastava e corroía a confiança dos cidadãos na polícia, prejudicava a eficiência das investigações, gerava um prejuízo imenso em processos contra o departamento por causa de abusos policiais.

O treinamento e respeito aos Direitos Humanos por parte da polícia, tornou as ruas mais seguras de verdade pela primeira vez em muito tempo.
O terceiro e último bloco acontece na Turquia, onde somos recebidos por Evram Gul, uma mulher forçada a casar ainda criança com um homem 15 anos mais velho, que a agredia, chegando a chutá-la quando estava grávida de 8 meses de seu primeiro filho. Devido a uma cultura extremamente machista, ela não só não contou com o apoio da família, como esta a perseguiu com armas quando Evram decidiu pedir pelo divórcio para salvar a si e seus filhos.
Neste ponto ela conheceu o projeto de educação em Direitos Humanos focado nas mulheres. Aprendeu a se comunicar melhor, a se impor como pessoa, quais seus direitos, e hoje atua como um exemplo para ajudar outras mulheres vítimas de abusos como ela.
Todo os seres humanos nascem iguais em direito.
É ISSO que significa respeitar e aplicar Direitos Humanos.

A inauguração de audências de custódia em menos de 48h,...

...a implementação de cotas para a representatividade melhor do percentual de mulheres na sociedade,...

... a criação de Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura...

... e o fim das violações decorrentes da revista vexátória em familiares de presos (sobretudo mulheres e crianças), foram algum dos avanços conquistados pelos defensores de Direitos Humanos no Brasil.
Obs, veja como o fim da revista, e o uso de scanners eletrônicos, melhorou tremendamente o bloqueio de entrada de drogas e armas nos presídios clicando AQUI. O filme não tem legendas em português, por isso eu fiz esses resumos dos blocos. Mas vale a pena acompanhar as lindas imagens feitas pela premiada produtora e diretora do filme, a cineasta ativista Ellen Bruno.
Ele pode ser replicado na reder, desde que apresentados os créditos abaixo e que não se faça uso comercial do mesmo:
CLIQUE
AQUI PARA VER O FILME.
Fotos: Ellen Bruno, cineasta, arte-ativista e educadora em Direitos Humanos.
Artes do DDH: Mirim, escritora, ilustradora, designer, cine-animadora-roteirista, arte-ativista e educadora em Direitos Humanos.
Seja voluntário de Direitos Humanos!
Anotações feitas durante a aula dada por Antônio Pedro Soares, da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ aos membros do DDH.
Rio de Janeiro, julho de 2015.
Foto da Laíze Benevides (?):
Cozinha Arrumada
El Efecto
Anna Ratto
Pedro Luiz
Só pra ter uma ideia da dimensão do evento (enorme! Nota DEZ de organização):
Foram mais de 100 atrações e 14h em ações simultâneas! 5 espaços e várias frentes de cultura e arte.
Ninguém nasce bandido. Pega-se as oportunidades que a vida dá. Sem apoio social/emocional perde-se muitos nessa vida. A luta é pela aplicação de um política que cuide da juventude, e assim não se deixe eles nas mãos do tráfico (onde se ganha 500 por semana como soldado) ou prostituição, ou outros. A luta é por uma política que não seja demagógica e apenas focada no interesse das empresas que financiam a bancada da bala, que lucra com a violência, o medo e a desinformação dos cidadãos.
ESTUDE sobre as verdades e consequências da redução da maioridade penal. Aqui é um bom lugar pra começar. Ninguém nasce bandido, todos nacemos ignorantes. Estudar SEMPRE antes de formar opinião é importante.
Nada melhor do que um professor para explicar:
Dráuzio, o mais lúcido dentre os nossos, explica e mostra a real:
O vídeo da Jolie está beeeem explicado, até os mais raivosos,
se se dispuserem a ouvir, irão entender.
Neste debate sobre a redução da maioridade penal (não oficial, já que a bancada da bala sequer se preocupou com isso), o que percebo são muitos adultos agindo como crianças nos debates: xingam, apelam para o medo, apelam para o descontrole emocional. Se mesmo adultos não conseguem decidir com racionalidade, COMO exigem que adolescentes escolham como budas mesmo em face de um cotidiano de ultra violência e abandono?
No sábado (14/06/2015) foi oficina sobre Educação Popular.
Facilitadores:
José Humberto Góes Jr.(Betinho) - Direito Achado na Rua/UNB
Pâmella Passos - IFRJ/DDH
Anotações do curso:
Após o curso, estaica no Bar do Baiacu na travessa do Ouvidor - Rio de Janeiro.
13 de Junho de 2015.
Heloísa, Laíze e um fotógrafo risonho.
Betinho, Thales, Heloísa, Laíze, Thiago e eu.
Dia 11 de junho de 2015,
Circo Voador – Lapa, Rio de Janeiro.
Eu sinceramente torço para que quem espalha boataria e acusações a populares na rede pense sobre as consequências – para toda a sociedade, inclusive vocês e suas famílias – do que estão fazendo aqui. Facebook não é tribunal, vocês não são juízes e muito menos assassinos executores.
Não esqueçam de assumir depois a responsabilidade por tudo de ruim que advir. Inclusive inocentes que ocasionalmente possam a vir ser confundidos com a pessoa "denunciada" no post (que nem ao menos tem como comprovar se é de fato criminosa, ou o grau de envolvimento com o crime, e mesmo que fosse, não se resolve uma violência com outra).
A maioria cede ao medo e se blinda com ódio e ataques. Todos que ameaçam, agridem, esbravejam, o fazem porque estão com muito medo. Medo de morrer. Esse medo os está cegando para as soluções reais.
Parem, pensem, e procurem aprender mais.
A PAZ tem de começar dentro de si.
PAZ para TODOS. Sigam em segurança.
Na imagem, uma família que também foi vítima do ódio, da cegueira, do medo – imagem do bem, podem compartilhar à vontade. A autoria é minha, permto a reprodução acompanhada de meu texto sem edições. Arte inspirada na Madonna de Boticelli.

Quando se perceberá que está TUDO ligado?
Morre o ciclista no asfalto esfaqueado,
o polícial mata o menino Eduardo,
ativista preso, professor espancado.
Polícia truculenta. Presídio lotado.
Castigo pra menor na boca do deputado,
os Direitos Humanos são desprezados,
Jornal Nacional cria um povo manipulado,
e até hoje o Rafael Braga tá enjaulado!
Nossa "Política de Segurança" tá DO LADO ERRADO.
Parabéns pela linda vitória
Caiu o veto do Pezão,
e muitas outras virão.
É o DDH fazendo história.
É o fim da revista vexatória!
"Merecer ir pra cadeia" não significa de forma alguma estar exposta à tortura e linchamento enquanto algemada sob custódia do Estado. Se ela cometeu um crime, os policiais cometeram um ainda maior. Então, pela "lógica" animalesca de alguns, esses mesmos policiais agora deveriam ser algemados, surrados por um bando de raivosos e expostos de forma humilhante para o deleite dos sádicos? Tô assustada com a facilidade com que se aceita a violência do Estado contra cidadãos em posição de vulnerabilidade.
Rosa negra despetalada, é para a capa para o cordel da autora Jarid Arraes relacionado ao abuso sofrido pelaVerônica na delegacia enquanto prisioneira.
Verônica, em cores ou PB.
Sejamos solidários àqueles que sofrem.
Mexeu com uma, mexeu com todas.
Sábado foi o dia do encerramento do Curso Popular em Direitos Humanos promovido pelo Instituto de Defensores de Direitos Humanos – o IDDH.
Os trabalhos finais dos alunos foram apresentados, seguidos de show do Apafunk e Mc Leonardo, um delicioso almoço após o qual partimos para a Rocinha para a primeira distribuição, gratuita, da cartilha "Cultura Popular e Direitos Humanos". Ao som do Apafunk descemos a rua atravessando a Rocinha, passamos pela passarela e na quadra da Acadêmicos da Rocinha todos puderam assistir exibição gratuita do filme "Estopim". A obra nos conta sobre o emblemático caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo, cujo assassinato se tornou emblemático da luta contra a violência de estado e a corrupção policial. Excelente peça cinematográfica, que mistura documentário com dramatização (as cenas em que conhecemos mais sobre a vida pregressa e a trajetória de Amarildo até sua morte), com produção arrebatadora.
Mc Leonardo e o bloco Apafunk.
Perfil Rocinha.
Na rua.
No batuque.
Dona samba.
No vocal.
Mcs.
Nos pés.
Íze!
Guito e Matheus.
Rocinha.
No tunel.
Na passarela.
Indo pra Quadra dos Acadêmicos da Rocinha para ver o filme "Estopim".
Na arte,
Zabumba.
A Artista e o Defensor. Com Thiago Melo.
A Cartilha "Cultura Popular e Direitos Humanos":
"O Futuro da favela
depende do fruto
que tu for plantar"
Diretor: Rodrigo Mac Niven
Prod. Associados: Felipe Nahon, Mariana Genescá e Rodrigo Mac Niven
TVa2 Produções
Plot Outline
A coragem da família e de amigos de Amarildo, assassinado por policiais militares dentro da sede da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha em julho de 2013, se transformou em símbolo de resistência e luta da sociedade civil contra a violência do Estado. O caso Amarildo foi o estopim não apenas para a mobilização de outras comunidades, mas principalmente para expor as fragilidades de um projeto de segurança pública militarizado.
O assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo, após uma sessão de tortura por parte de policiais da UPP da Rocinha em julho de 2013, trouxe à tona fundamental discussão sobre a política de segurança pública do Rio de Janeiro. Esse é o mote do documentário O Estopim, de Rodrigo Mac Niven, que será lançado na Première Brasil do Festival do Rio no dia 29 de setembro, às 17h, no Cine Lagoon.
O filme usa o caso de Amarildo como pano de fundo para falar sobre a militarização do projeto de governo e denuncia o que vem acontecendo na rotina das comunidades cariocas desde a implantação das UPPs.
Com cenas de ficção vividas pelo ator Brunno Rodrigues na pele do Amarildo, o documentário tem como fio condutor o líder comunitário da Rocinha Carlos Eduardo Barbosa, o Duda, amigo da família do ajudante de pedreiro. Meses antes do desaparecimento de Amarildo, no dia 14 de julho de 2013, Duda já havia denunciado ao Ministério Público os abusos policiais na comunidade. Até hoje, ele luta para que outros casos como este não voltem a acontecer.
A história de vida e coragem do líder comunitário foi o que motivou Rodrigo Mac Niven, diretor e roteirista, a fazer o filme. “A coragem da família e dos amigos de Amarildo se transformou em símbolo de resistência e luta da sociedade civil contra a violência do Estado. O caso Amarildo foi o estopim não apenas para a mobilização de outras comunidades, mas principalmente para expor as fragilidades de um projeto de segurança pública militarizado. Essa história precisava ser retratada”, afirma Rodrigo Mac Niven.
O Estopim foi realizado em menos de um ano, desde a pré-produção até a finalização, de forma independente e colaborativa. Os cerca de 40 profissionais envolvidos foram convidados pelo diretor e aceitaram entrar no projeto por acreditarem na causa e na importância da discussão proposta no documentário.
Uma breve coleção das artes que estou fazendo para o Instituto de Defensores de Direitos Humanos com a co-autoria do defensor Thiago Melo.
Apaixonei-me pelo ativismo deste grupo de advogados que estão na linha de frente da defesa dos direitos democráticos, contra a barbárie e enfrentando a opressão.